Cauterização de Feridas do Colo Uterino
Por que ocorre lesões
ectópicas no colo do útero
A presença de ectopia cervical pode passar despercebida e ser descoberta de forma incidental durante exames ginecológicos de rotina. Lesões no colo do útero são comuns, mas geralmente não indicam uma condição patológica grave. Estima-se que afetem cerca de 30% das mulheres, sendo mais comuns em mulheres jovens e naquelas que usam contraceptivos orais, devido à influência hormonal sobre as células cervicais.
As lesões ectópicas no colo do útero podem surgir devido a uma variedade de fatores:
- Flutuações hormonais ao longo do ciclo reprodutivo feminino, influenciadas principalmente pela ação do estrogênio.
- Uso de contraceptivos orais com dosagens elevadas de hormônios.
- Infecções genitais causadas por agentes patogênicos como fungos (cândida), bactérias, protozoários ou o vírus HPV, este último reconhecido como o principal agente desencadeador do câncer cervical.
- Irritação do colo do útero e da vagina devido à exposição a produtos químicos durante atividades sexuais ou na higiene íntima, como duchas vaginais, lubrificantes perfumados e absorventes internos do tipo OB.
Principais sintomas da
ferida no colo do útero
Sintomas comuns associados à presença de lesões no colo do útero geralmente não são evidentes, sendo comumente identificados durante exames ginecológicos de rotina. No entanto, devido à sensibilidade intrínseca do tecido da endocérvice, sua exposição ao ambiente vaginal pode resultar em manifestações sintomáticas, tais como:
- Presença de corrimento vaginal de coloração amarelada, branca ou esverdeada, frequentemente acompanhado de odor desagradável.
- Sensações de coceira e ardência na região genital, bem como durante a micção.
- Dor e sangramento durante as relações sexuais.
- Desconforto pélvico.
A principal via de transmissão de infecções genitais é o contato íntimo com parceiros contaminados, a falta de higiene adequada na região genital e a não utilização de preservativos durante a atividade sexual. É importante ressaltar que mulheres com lesões no colo do útero têm um risco aumentado de contrair infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), uma vez que a ectopia proporciona um ambiente favorável para o crescimento de patógenos devido à sua natureza delicada e mais fina.
Quais são as causas da
ferida no útero?
As lesões no colo do útero estão relacionadas à influência dos hormônios femininos, como o estrogênio e a progesterona, que regulam a proliferação celular no tecido uterino durante os ciclos menstruais. O uso de contraceptivos hormonais pode intensificar essa resposta fisiológica, aumentando o risco de desenvolvimento de lesões.
Além disso, outros eventos naturais na vida da mulher que envolvem essa área anatômica, como a gravidez e os partos, podem contribuir significativamente para o surgimento da ectopia cervical. Durante a gestação, as alterações hormonais e o aumento do volume uterino podem predispor o colo do útero a lesões. No entanto, é importante observar que a ectopia tende a diminuir durante o período pós-parto, à medida que o corpo se recupera do processo gestacional.
Ademais, infecções do canal vaginal, sejam elas causadas por agentes patogênicos como fungos, bactérias ou vírus, também podem desempenhar um papel importante no desenvolvimento de lesões cervicais. A presença dessas infecções pode comprometer a integridade do tecido cervical, tornando-o mais vulnerável a danos e lesões.
Portanto, as causas da ferida no colo do útero são complexas e envolvem uma interação entre fatores hormonais, eventos fisiológicos da vida reprodutiva da mulher e possíveis infecções do trato genital, destacando a importância de uma abordagem abrangente no diagnóstico e tratamento dessas condições.
Como é feito
o tratamento?
O tratamento para lesões no colo do útero varia de acordo com os sintomas e as características individuais de cada paciente. Na maioria dos casos, a ectopia cervical não requer tratamento específico e pode regredir naturalmente com a substituição do método contraceptivo, como a troca para um DIU. No entanto, em situações onde há presença de corrimento vaginal anormal, sangramento após relação sexual ou histórico de lesões cervicais ou infecções ginecológicas, como clamídia, o médico pode recomendar intervenções diretas.
As opções de tratamento incluem a aplicação de substâncias ácidas para cauterização química ou eletrocauterização. Esses procedimentos visam estimular a regeneração do tecido cervical, promovendo a formação de uma nova camada epitelial. Normalmente, são necessárias de duas a três sessões de cauterização, com intervalos de aproximadamente 30 dias entre elas.
Quanto à recuperação, trata-se de um procedimento simples, não exigindo repouso prolongado, apenas abstinência sexual por um período de 24 a 48 horas. Após três a quatro semanas do procedimento, é possível observar uma redução significativa na área da lesão cervical.