Papilomavírus Humano

HPV - Papilomavírus Humano

Vírus silencioso que afeta milhões de pessoas

O Papilomavírus Humano, mais conhecido como HPV, é uma das infecções virais mais comuns do mundo, afetando milhões de pessoas todos os anos. Apesar de ser altamente prevalente, muitas vezes o HPV passa despercebido, pois pode não apresentar sintomas visíveis. No entanto, as consequências do HPV podem ser graves, incluindo câncer cervical e outras complicações de saúde.
O HPV é um vírus que infecta a pele e as membranas mucosas, principalmente na região genital. Existem mais de 100 tipos diferentes de HPV, alguns dos quais são considerados de alto risco devido ao seu potencial para causar câncer.

Como o HPV

é transmitido?

O HPV é transmitido através do contato direto com a pele ou mucosa infectada, o que pode ocorrer durante atividades sexuais ou durante o parto. É crucial salientar que a transmissão durante o contato íntimo não está limitada à penetração vaginal ou anal, podendo ocorrer também através de contato oral-genital, genital-genital e até mesmo manual-genital.

Devido à frequente falta de sintomas em muitas pessoas infectadas pelo HPV, a transmissão pode ocorrer sem que elas estejam cientes de sua condição, tornando-se descontrolada em casos de descuido na prevenção. Medidas preventivas incluem o uso de preservativos e a vacinação contra o HPV.

Principais sintomas

de HPV

Os sintomas do HPV são frequentemente ausentes para a maioria das pessoas, já que o sistema imunológico normalmente controla a infecção. Em certos casos, o vírus permanece inativo por meses ou anos, sem mostrar sinais até que a resistência do organismo diminua.

O HPV pode causar o aparecimento de verrugas e lesões genitais, que podem ser únicas ou múltiplas e variar em tamanho. Essas lesões podem provocar coceira ou ser assintomáticas, e podem surgir em áreas como a região pubiana, bolsa escrotal, colo do útero e também em regiões extragenitais, como a mucosa nasal, oral ou laríngea.

Diagnóstico da infecção

Papilomavírus Humano

O diagnóstico do HPV envolve uma série de exames ginecológicos e laboratoriais, como o Papanicolau (citologia oncótica), pesquisa de HPV (PCR e captura híbrida), colposcopia, peniscopia e anuscopia.

Estes exames são frequentemente solicitados durante consultas de rotina com o ginecologista, visando a detecção precoce de alterações que podem evoluir para câncer e a prevenção do desenvolvimento de tumores malignos.

No contexto específico do HPV, há atualmente exames que detectam a presença do vírus, não se limitando apenas à identificação de lesões.

Nesses exames, o médico coleta amostras do colo do útero para análise do material genético de diferentes tipos do vírus. Para determinar a necessidade desse exame específico, é recomendável que as pacientes consultem um ginecologista especializado em Patologia do Trato Genital Inferior.

Doenças causadas

pelo HPV

Verrugas: O HPV pode causar infecções na pele e mucosas, resultando no surgimento de verrugas. Embora mais comuns na região genital, as verrugas podem aparecer em outras partes do corpo, como as mãos.

Lesões Pré-Malignas: As lesões pré-malignas, também conhecidas como pré-cancerosas, podem afetar o útero (Neoplasia Intraepitelial Cervical — NIC), vagina (Neoplasia Intraepitelial Vaginal — NIVA) e vulva (Neoplasia Intraepitelial Vulvar — NIV). Essas lesões são causadas pelo HPV e podem evoluir para câncer se não forem tratadas adequadamente.

Câncer de Borda de Língua: Certos subtipos de HPV podem causar mutações nas células, levando ao desenvolvimento de tumores. Aproximadamente 25% dos casos de câncer de orofaringe estão relacionados ao HPV, sendo o câncer de borda de língua um dos mais comuns.

Câncer de Vagina: Embora seja considerado raro, cerca de 80% dos casos de câncer vaginal estão relacionados ao HPV. Esse vínculo destaca a importância da conscientização e do rastreamento para essa forma de câncer.

Câncer de Vulva: Representando de 3% a 5% dos casos de câncer do trato genital feminino inferior, o câncer de vulva está fortemente associado ao HPV. O tipo mais comum de câncer vulvar é o carcinoma de células escamosas, que é influenciado pela infecção por HPV.

Câncer Anal: Cerca de 90% dos casos de câncer anal estão diretamente ligados ao HPV. Esse vínculo destaca a importância da prevenção e do rastreamento para essa forma de câncer.

Câncer de Colo do Útero: O câncer de colo do útero é um dos tumores malignos mais comuns causados pelo HPV, com cerca de 99% dos casos relacionados à infecção por HPV. No entanto, a maioria das mulheres infectadas com o vírus não desenvolverá o câncer, pois o sistema imunológico é capaz de eliminá-lo em muitos casos, e o tratamento das lesões pré-malignas é altamente eficaz.

Como é o tratamento

para HPV?

O tratamento do HPV é personalizado, adaptando-se às características específicas das lesões de cada paciente. As principais abordagens terapêuticas incluem terapias a laser, procedimentos cirúrgicos e administração de agentes imunomoduladores. É importante ressaltar que o tratamento visa eliminar as lesões, não o vírus em si, uma vez que ainda não há uma terapia medicamentosa que ataque diretamente o vírus.

No entanto, como as lesões concentram a maior carga viral, sua remoção ou destruição resulta em uma redução significativa da quantidade de vírus no organismo, o que é crucial para sua eliminação.
Em casos em que o organismo não consegue erradicar completamente o vírus, as lesões podem reaparecer em algum momento posterior.

Após a resolução das lesões, o próprio sistema imunológico tende a eliminar o vírus. Para que isso ocorra, é importante que a imunidade esteja robusta e que o parceiro sexual também esteja livre de lesões, a fim de evitar uma possível reinfecção.

Dicas

de prevenção

O HPV é uma das infecções sexualmente transmissíveis em que a prevenção não se limita apenas ao uso de preservativo, pois o vírus pode ser transmitido pelo contato da região pubiana, não protegida pela camisinha. No entanto, o uso do preservativo ainda é importante, pois estima-se que ele possa impedir de 70% a 80% das infecções por HPV.
Atualmente, a vacina contra HPV é considerada a forma mais eficaz de prevenção contra a infecção.
Pelo Sistema Único de Saúde, a vacina é oferecida para:

  • Meninas de 9 a 14 anos;
  • Meninos de 11 a 14 anos;
  • Homens e mulheres vivendo com HIV;
  • Homens e mulheres transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea;
  • Pacientes oncológicos de 9 a 45 anos.

Na rede privada, não há restrição de idade para receber a vacina, sendo recomendada até mesmo para mulheres que já tiveram a infecção ou apresentam lesões induzidas pelo HPV. É essencial ressaltar que a vacina não previne todos os tipos de infecção por HPV, sendo direcionada apenas para os mais comuns, e não é eficaz no tratamento de lesões existentes.

Para saber mais a respeito do HPV e tirar suas dúvidas a respeito do tratamento, entre em contato e agende uma consulta com a Dra. Judith Pim